Ficha tecnica:
Dirección: Ken Loach
Dirección artística Fergus Clegg
Producción Rebecca O’Brien
Guion Paul Laverty
Música George Fenton
Fotografía Nigel Willoughby
Montaje Jonathan Morris
Vestuario Carole K. Fraser
Protagonistas Kierston Wareing, Juliet Ellis, Leslaw Zurek, Joe Siffleet, Colin Caughlin, Maggie Russell, Raymond Mearns, Davoud Rastagou, Mahin Aminnia, Shadah Kavousian, Sheera Kavousian, Frank Gilhooley, David Doyle, Eddie Webber, Johnny Palmiero.
Sinopsis
Angie es despedida de una empresa de selección de trabajadores temporales tras ser acosada sexualmente por uno de sus superiores. Decide dejar de trabajar para otros y, junto con su compañera de piso, y con la ayuda del gerente del bar que frecuenta, monta su propia empresa de Trabajo Temporal de forma ilegal hasta que pueda afrontar la legalización de la empresa.
Gracias a sus conocimientos, contactos y su fuerte carácter consigue reunir a varios trabajadores extranjeros dispuestos a trabajar por horas o días, y colocarles en varias empresas de la construcción o manufactureras. Su dedicación es absoluta.
Mientras tanto su hijo Jamie se siente abandonado por ella y empieza a crear problemas en clase. Los padres de Angie están preocupados porque ella apenas le dedica tiempo y atención a su hijo y él no va a recibir la educación adecuada.
Mientras su empresa se va consolidando Angie se tiene que enfrentar a diferentes conflictos éticos, somo el trato con empresarios que le proponen tratos fuera de la ley, o no cumplen con lo pactado, si aceptar trabajadores ilegales, la delgada línea que separa ayudar a los inmigrantes con explotarlos, la implicación emocional con sus trabajadores, hasta donde está dispuesta a llegar para tener éxito profesional, o la relación con su hijo y sus padres.
Recomendable, refleja perfectamente lo que sucede en el mundo laboral de la europa capitalista
Crítica
Mário «Fanaticc» Abbade
Depois de ter vencido a Palma de Ouro em Cannes no ano passado, com o filme de época Ventos da Liberdade, Ken Loach está de volta com It's a free world… (2007). Nessa nova produíí£o, o brití¢nico regressa aos temas atuais e dispara sua metralhadora social no tema dos terceiro-mundistas que tentam a sorte nos países desenvolvidos.
Angie é a típica personagem de Ken Loach, uma jovem que acaba de ficar desempregada. Ní£o é a primeira vez que isso acontece, mas mesmo sem ter uma educaíí£o formal, ela tem energia, perspicácia e ambiíí£o. E assim, junto com a amiga Rose, decide ter o próprio negócio, uma agíªncia de recrutamento de trabalhadores imigrantes. Tiro certeiro do realizador, já que o mundo empresarial inglíªs ignora cada vez mais as leis trabalhistas e os direitos dos imigrantes. Ilegalidade e condiííµes precárias de trabalho sí£o cada vez mais comuns por lá e a chance de ganhar dinheiro sem pensar nas conseqí¼íªncias é tentadora.
Na busca pelo realismo, o cineasta escalou a novata Kierston Wareing para personificar a protagonista Angie. Ela demonstra como alguém pode ser vítima e se tornar um agressor em potencial quando tem a chance de flertar com o capitalismo selvagem – transformaíí£o que provoca um debate sobre as qualidades e defeitos do próprio ser humano. Mas tudo isso sem transformar Angie em vilí£. O filme procura ní£o realizar julgamentos morais de sua protagonista.
Ao mesmo tempo, Loach demonstra também que a exploraíí£o de Angie pode ter outros destinos, conforme suas necessidades. Os mesmos trabalhadores imigrantes também podem servir como válvula de escape sexual. Conforme vai soltando essas cenas de forma inocente e divertida, Loach aponta o quanto a sociedade é hipócrita, provocando reflexí£o a cada nova seqí¼íªncia de eventos.
Todas as minúcias do brilhante roteiro de Paul Laverty (seu habitual colaborador) sí£o exploradas. Cada novo detalhe embarca a história em um novo destino. Impressionante como ele muda as regras do jogo conforme a trama flui, provocando uma camada de reaííµes dispares. Muito desse crédito pertence também í fotografia natural de Nigel Willoughby e í ediíí£o de poucos cortes de Jonathan Morris. Loach aproveita todos esses recursos para construir um painel de idéias que se mesclam a cada novo fotograma causando uma curiosidade intensa do espectador.
Em It's a free world…, Loach retorna ao seu estilo de direíí£o naturalista embalado na denúncia social de uma prática corrupta que acontece principalmente na Inglaterra. Fica claro que a soluíí£o para este problema está na relaíí£o entre os países mais desenvolvidos e os subdesenvolvidos, mas enquanto essa prática persistir, o operário continuará pagando a conta.